Fernanda Konzen Castro – Psicóloga
As emoções trazem significados e conexões para nossa vida. Elas servem como uma forma de comunicação entre as pessoas. Há seis emoções básicas: as emoções agradáveis (amor e alegria) e as emoções desagradáveis (tristeza, raiva, medo e nojo). É comum escutar classificações como emoções ruins e boas, entretanto, apesar de não ser gostoso sentir, por exemplo, raiva em intensidade muito forte, essa emoção é importantíssima, como todas as outras. Todas elas possuem um papel fundamental para nós. Segue a função de cada emoção:
· Amor: promove o acolhimento, a proteção e o vínculo entre os indivíduos, principalmente entre pais e filhos.
· Alegria: promove sensação de satisfação pelo convívio com o outro, mantendo a socialização entre as pessoas. Dessa forma, cria e fortalece os laços sociais, o reconhecimento do grupo e aceitação individual.
· Tristeza: permite o pensamento reflexivo, reformulação de pensamentos e mudanças de comportamentos.
· Raiva: quando sentimos raiva por ver que nosso filho sofre alguma forma de ameaça/perigo, tentamos protegê-lo, reagindo diante do predador. A raiva permite a proteção e defesa da família e de si mesmo.
· Medo: quando sentimos medo de um leão ou de um ladrão, não paramos para pensar o que fazer, então, automaticamente fugimos, lutamos ou “congelamos”. Portanto, o papel do medo é a preservação da vida e avaliação do prejuízo e risco da situação.
· Nojo: se comermos um alimento estragado, provavelmente passaremos mal, podendo ter até uma infecção alimentar. Portanto, o nojo preserva a saúde do organismo.
Podemos concluir que não existe emoção melhor ou pior, boa ou ruim e que não é errado senti-las. Todas são importantes para o nosso funcionamento diário. Aprender a identificar desde cedo as emoções e a intensidade delas, aprenderemos a lidar melhor com nós mesmo e com a situação-problema. Dessa forma, é essencial que ensinemos para nossos pequenos, desde cedo, a identificar e expressar verbalmente o que estão sentindo para ajudá-los a criar estratégias para lidar com as emoções de intensidade alta, para, posteriormente, quando a intensidade abaixar, ajuda-los a elaborar à melhor alternativa para se lidar com o problema que desencadeou a emoção intensa.