Rachel Elisa Rodrigues- Espaço Integrar
Graduanda de Psicologia
O assunto suicídio veio à tona recentemente, com a exposição de casos em séries, filmes, etc., e hoje é um dos tópicos mais discutidos do momento. O suicídio é um ato individual e jamais saberemos com precisão as razões que levam o indivíduo a tomar tal decisão, mesmo diante de cartas ou depoimentos.
No ponto de vista global, a mortalidade por suicídio aumentou 60% nos últimos 45 anos. Nesse período os maiores coeficientes mudaram da faixa mais idosa da população para as mais jovens, desse modo, temos em média um suicídio a cada 35 segundos. Segundo reportagem do G1 de abril deste ano a BBC Brasil divulgou dados que indicam que entre 1980 e 2014 o suicídio entre jovens de 15 e 29 anos aumentou 27,2% no Brasil. Estima se, também, que o número de tentativas de suicídio supere o de suicídios em pelo menos 10 vezes.
Os dados, quando contabilizados são assustadores, porém a pergunta que precisa realmente ser feita é: como podemos ajudar as pessoas que se encontram na iminência desse ato? A OMS (Organização Mundial de Saúde) confecciona algumas cartilhas com o intuito de informar e ajudar o serviço de saúde sobre como lidar com tais casos. A Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) também é uma fonte excelente para buscar auxílio. No site da ABEPS há cartilhas, livros e manuais sobre o tema, assim como, uma parte dedicada apenas a prevenção, falando sobre os mitos e verdades e fatores de risco sobre o suicídio. Outra opção é o Centro de Valorização à Vida (CVV), onde existe uma linha telefônica destinada à prevenção do suicídio (número 141) onde voluntários dedicados a oferecer apoio emocional estão à disposição de quem precisar. No site do CVV também é possível entrar em contato via email, chat, skype ou até mesmo ir até uma das unidades físicas do centro.
Portanto, se você conhece alguém que está apresentando intenções ou está passando por um momento difícil em sua vida emocional e falou sobre a possibilidade de cometer ato, o que você pode fazer diante dessa situação é conversar abertamente com a pessoa, saber escutar, saber apoiar e não ter preconceitos, pois o que a pessoa precisa nesse momento é apoio.É importante auxiliar na procura pela ajuda de profissionais e nunca deixe de dar a devida relevância para o assunto.
Links: Associação Brasileira de Prevenção e Estudo do Suicídio: http://www.abeps.org.br
Centro de Valorização a Vida: http://www.cvv.org.br